sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Modalidades de guerra segundo a intensidade do confronto

Guerra Total- Travada entre os países europeus em diversas ocasiões, com objetivos políticos e econômicos. A Guerra Total é o conflito que envolve todos os recursos de um Estado e de uma sociedade. Segundo Clausewitz, só existiria no plano das idéias ou do planejamento, e sua forma "real" seria a Guerra Absoluta[1] Ex: Guerras Napoleônicas, I Guerra Mundial e II Guerra Mundial.
Guerra limitada - De certa forma, toda Guerra que não se torna uma guerra total poderia ser considerada uma guerra limitada. Entretanto, esta seria uma modalidade específica de guerra, limitada no tempo e no espaço, com objetivos pontuais claros e bem definidos, geralmente envolvendo um calculo razoável da relação custo-benefício da escalada do conflito. Campanhas rápidas visam atingir objetivo político ou econômico com o menor desgaste possível. A maioria das guerras travadas entre Estados incapazes de sustentar um conflito longo ou de vencer uma guerra rapidamente pode ser considerada uma Guerra Limitada. Exemplos: as guerras fronteiriças entre Peru e Equador em 1941 e 1995, a Guerra Sino-Soviétiva de 1969, e a Guerra entre Índia e Paquistão na região de Kargil, entre maio e julho de 1999 [2][3].
Guerras intermitentes ou guerras crônicas- É uma modalidade de conflito reincidente, onde há períodos de confronto seguidos de períodos de relativa calama. Muitas vezes os objetivos políticos nem sempre são claros ou vão sendo modificados com o tempo. Na modernidade, muitas vezes, estas guerras prolongam-se devido a fatores locais, como a própria economia de guerra, que passa a manter o conflito, geralmente incluindo a formação de liderenças locais chamadas de "chefes da guerra". Frequentemente ocorrem após guerras de independência, em países onde não ocorreu a consolidação de um Estado-Nação ou o Estado-Nação é muito frágil. Exemplos: a longa sequencia de batalhas entre França e Inglaterra conhecida como Guerra dos cem anos; a Guerra Civil na ex-Iugoslávia (1992-1995 e 1999-2000) que levou à fragmentação do país; a sequência de guerras civis e invasões estrangeiras que acometeram o Afeganistão, e a sequência de conflagrações armadas na República Democrática do Congo, que vai desde a guerra da independência nos anos 1960, a guerra civil a partir dos anos 1960, até as guerras recentes (ver: Primeira Guerra do Congo e Segunda Guerra do Congo)[4]
Guerra de guerrilha - Guerra que envolve o uso de pequenos contingentes militares, muitas vezes não estatal, contra um exército organizado pertencente a um Estado formal. As guerrilhas geralmente utilizam-se do que se convencionou de "táticas de guerrilha", com grande mobilidade das forças, uso de emboscadas, ataques surpresa, ataques rápidos seguidos de fulga, sabotagem e terrorismo, táticas de atrito e confronto indireto.
Guerra diplomática - confronto político que considera-se o estado "ideal" da guerra, ou seja, uma guerra em que prevalece a diplomacia ou o entendimento entre os povos, a estratégia e a racionalidade do entendimento, não havendo inspiração de ordem emocional ou moralista. Geralmente encontrada em sistemas internacionais propícios ao equilíbrio de poder (vide relações internacionais), segundo Napoleão I, "...as guerras armadas nascem quando as guerras diplomáticas morrem

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